Ainda que possamos apoiar-nos em alguns sites que já nos oferecem listas de cânticos para cada domingo, devemos fazer a escolha de forma crítica e contextualizada, considerando os seguintes critérios:
- O nível do canto na Liturgia, tendo em conta a solenidade da celebração, dentro da seguinte ordem de importância, com equilíbrio: 1º – Os diálogos cantados em resposta ao presidente da celebração (saudação inicial, aclamação ao evangelho, prefácio, doxologia final, etc.); 2º O ordinário da Missa (ato penitencial, salmo, aclamações e hinos); 3º o próprio do tempo (antífonas de entrada, ofertório, comunhão e final).
- A Palavra celebrada, sobretudo o Evangelho do domingo, da solenidade ou da festa paroquial/comunitária.
- O tempo litúrgico (Advento-Natal, Quaresma-Páscoa, Tempo Comum).
- Motivos pastorais universais (Sínodo), nacionais (Ano Missionário especial), diocesanos (Padroeiro, Dia Diocesano, Temática do Plano Pastoral, acolhimento do novo Bispo, etc.), paroquial (Festa do Orago, etc.).
- Respeitar a assembleia da qual o pequeno coro é servidor, não mudando sempre de cânticos, repetindo alguns por algum tempo domingo após domingo (sobretudo os textos do ordinário da Missa).
- Ver os cânticos cujo conteúdo e estilo mais se aproxima do que se está a celebrar, sem levar à letra, nem com sentimentalismos! Ter sempre presente a finalidade da música litúrgica: “A Música Sacra, como parte integrante da Liturgia solene, participa do seu fim geral, que é a glória de Deus, a santificação e edificação dos fiéis.” (PIO X, Tra le Sollicitude, 1 [22/11/1903]).
- Com juízo crítico, pode partir-se de subsídios já presentes na Internet, que nos poupam muito trabalho, para que no ensaio não se perca muito tempo a considerar os cânticos a cantar, dando-se espaço a outros aspetos que ajudem a uma boa execução, como a preparação vocálica e a leitura/meditação dos textos em questão. Vejam-se alguns sítios da Internet na coluna ao lado.
Quer ela exalte a palavra do homem ou dê veste melódica à Palavra de Deus revelada aos homens, quer se apresente sem palavras, a música, quase como voz o coração, desperta ideais de beleza, aspira a uma perfeita harmonia não perturbada pelas paixões humanas e sonha com a comunhão universal.
— J. PAULO II, Ano Europeu da música (1985), n.º 2.